A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol, a pedido da Polícia Federal (PF) e com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora o nome ainda não esteja visível no site da instituição, a inclusão é iminente, conforme divulgado pela CNN Brasil.
A medida surge dias após Zambelli anunciar, na terça-feira (3), que havia deixado o Brasil. A decisão de Moraes pela prisão preventiva e inclusão no alerta da Interpol ocorre após a parlamentar ser condenada a 10 anos de prisão pela invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela inserção de documentos falsos, incluindo um mandado de prisão falso contra o próprio ministro Moraes no Banco Nacional de Mandados de Prisão.
Zambelli havia comunicado que está nos Estados Unidos e planeja seguir para a Itália, alegando ser alvo de “perseguição” no Brasil.
A decisão de Moraes atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) feito também na terça-feira (3). Para o ministro, a decretação da prisão está “plenamente justificada”, uma vez que Zambelli deixou o país semanas após a Primeira Turma do STF condená-la.
A deputada foi condenada pela Primeira Turma do STF por invadir o sistema eletrônico do CNJ em 2023, com o auxílio do hacker Walter Delgatti, que também foi condenado a oito anos e três meses de prisão no mesmo processo.
Em uma medida adicional, as redes sociais de Carla Zambelli (Instagram, LinkedIn, Facebook, YouTube e TikTok), de sua mãe, Rita Zambelli, e de seu filho foram retiradas do ar após decisão judicial emitida pelo ministro Alexandre de Moraes nesta quarta-feira (4). O ministro havia decretado multa diária de R$ 100 mil para as plataformas que não cumprissem a determinação. No caso do X (antigo Twitter), Zambelli havia transferido a administração do perfil para sua mãe, mas a conta também foi suspensa.
Interpol inclui Zambelli em difusão vermelha a pedido da PF e Moraes
