O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, anunciou nesta quarta-feira (5) que seu país não vai participar do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (UNHRC, na sigla em inglês), do qual não é membro, mas tem status de observador – uma decisão semelhante à que foi tomada pelos Estados Unidos.
– O UNHRC tem tradicionalmente protegido os violadores dos direitos humanos, permitindo que eles se escondam do escrutínio, demonizando, em vez disso, a única democracia no Oriente Médio – Israel – disse Saar em um comunicado.
De acordo com o chefe da diplomacia israelense, o órgão estava empenhado em atacar um país democrático e “espalhar o antissemitismo”.
– A discriminação contra nós é clara: no UNHRC, Israel é o único país com um item da agenda dedicado a ele. Israel foi objeto de mais de 100 resoluções condenatórias, mais do que contra Irã, Cuba, Coreia do Norte e Venezuela juntos – lamentou.
Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para encerrar a participação dos EUA no Conselho de Direitos Humanos da ONU – no qual também era observador – e continuar a suspensão do financiamento para a agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA).
A assinatura ocorreu no mesmo dia em que Trump se reuniu no Salão Oval da Casa Branca com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Em um comunicado divulgado antes da assinatura, a Casa Branca disse que o Conselho de Direitos Humanos da ONU “mostrou um viés consistente contra Israel” e permitiu que países como Irã, China e Cuba o utilizassem para “se proteger, apesar de suas graves violações e abusos dos direitos humanos”.