Israel encerra operação em hospital de Gaza e prende cerca de 100 terroristas

As Forças de Defesa de Israel divulgaram nesta segunda-feira (28) imagens da operação realizada por suas tropas no Hospital Kamal Adwan, localizado em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza. Três dias após a invasão do local, um comunicado publicado nas redes sociais afirmou que aproximadamente 100 pessoas foram detidas, incluindo terroristas que tentaram escapar durante a evacuação de civis.

Além disso, armas, fundos destinados a atividades terroristas e documentos de inteligência foram encontrados tanto dentro do hospital quanto nas áreas circunvizinhas.

Autoridades de saúde de Gaza e o grupo terrorista palestino Hamas negaram a presença de militantes no hospital.

Para se defender das acusações e atenuar a pressão internacional, Israel ressaltou que tomou medidas para proteger os civis. Antes de iniciar as varreduras no complexo, os soldados permitiram que os civis deixassem o hospital.

A Administração de Coordenação e Ligação de Gaza (CLA) coordenou com a unidade hospitalar a ativação de um gerador adicional, assegurando o fornecimento de eletricidade e oxigênio aos pacientes.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que as tropas israelenses detiveram dezenas de profissionais de saúde e causaram danos ao hospital, que já enfrentava dificuldades operacionais devido aos intensos ataques israelenses na região.

Um oficial militar explicou que a verificação da equipe médica foi necessária porque alguns terroristas identificados se disfarçaram de profissionais de saúde.

Ele admitiu que as tropas causaram danos limitados ao hospital, mas também afirmaram ter que destruir equipamentos de “uso duplo”, como tanques de oxigênio, para evitar ferimentos a pessoas no complexo.

A equipe médica se negou a evacuar o hospital ou deixar os pacientes sem atendimento, e centenas de palestinos deslocados estavam abrigados no local.

Mayssoun Alian, uma enfermeira do hospital, relatou que os soldados evacuaram todos os que estavam abrigados, separando homens e mulheres em duas filas, o que ela descreveu como uma experiência humilhante, pois os homens foram levados sem roupas e sem qualquer cobertura.

A informação sobre a desnudez dos homens para a revista em busca de armas também foi confirmada pelo oficial na coletiva de imprensa.


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