Israel lamenta eleição de Mamdani em Nova York

O ministro para a Diáspora de Israel, Amichai Chikli, manifestou nesta quarta-feira (5) preocupação com a eleição de Zohran Mamdani como prefeito de Nova York, alertando que a vitória do político poderá levar judeus a deixar a cidade e se mudarem para Israel.


Chikli acusou Mamdani de ser “seguidor do Hamas” e recomendou que os judeus neoyorquinos considerem deixar os Estados Unidos. Segundo ele, a cidade, que já foi símbolo global de liberdade, estaria agora nas mãos de alguém com posições próximas às de extremistas islâmicos responsáveis pelos atentados de 11 de setembro de 2001, que mataram cerca de 3.000 pessoas.

“O momento representa uma ruptura para a cidade. A decisão dos eleitores compromete os fundamentos de Nova York, que ofereceu liberdade e oportunidades a inúmeros refugiados judeus no final do século XIX e se tornou a maior comunidade judaica fora de Israel”, afirmou o ministro em comunicado divulgado nas redes sociais.

Chikli ainda ressaltou que a mudança não ocorreu de forma repentina. Segundo ele, o crescimento do ambiente antissionista em universidades e manifestações de apoio ao Hamas contribuiu para o cenário atual. “Hoje, o último dos apoiadores de violadores ligados ao Hamas foi eleito prefeito”, disse.

O ministro alertou que Nova York “nunca mais será a mesma, especialmente para a comunidade judaica”, comparando a situação com a da cidade de Londres. Ele concluiu pedindo aos judeus que reconsiderem seriamente a possibilidade de se mudarem para Israel.


Por outro lado, o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, ponderou que a vitória de Mamdani “não vai deter” os israelenses. “Suas declarações inflamadas não nos vão parar. A comunidade judaica de Nova York e de todo o país merece segurança e respeito. Continuaremos fortalecendo os laços com os líderes dessa comunidade para garantir proteção e bem-estar”, declarou.

Apesar das críticas, Mamdani afirmou que continuará combatendo o antissemitismo durante sua gestão e prometeu construir uma prefeitura que apoie os judeus da cidade. Ele também garantiu inclusão e representação para os mais de um milhão de muçulmanos residentes em Nova York, afirmando que a cidade não será mais um espaço para exploração da islamofobia em campanhas eleitorais.

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