A Polícia de Israel, em coordenação com o serviço de inteligência Shin Bet, prendeu na noite de domingo (24) dois palestinos suspeitos de planejar um atentado no norte de Tel Aviv. De acordo com um comunicado oficial, os detidos eram residentes ilegais e foram levados para interrogatório em instalações de segurança.
A operação, descrita pelas autoridades como uma resposta rápida a informações de inteligência, mobilizou um grande dispositivo policial, incluindo a unidade antiterrorista “Team Tequila” do Shin Bet. A prisão ocorreu após um alerta circular por volta das 19h, indicando que um dos suspeitos, natural de Nablus, havia manifestado a intenção de cometer um ataque. A captura foi realizada próximo à orla da cidade.
“Durante uma operação conjunta da Polícia de Israel e do Shin Bet, dois suspeitos residentes ilegais em Tel Aviv foram presos. Eles estão sendo levados para interrogatório”, afirmou a Polícia em um comunicado divulgado pelo portal Ynet.
Embora a versão oficial mencione apenas dois detidos, alguns veículos de imprensa, como o Ynetnews e o The Times of Israel, reportaram que um número maior de palestinos sem autorização de residência foi preso na mesma área, mas a informação não foi confirmada.
Tensão e ataques crescentes
A prisão se insere em um contexto de segurança cada vez mais tenso em Israel. Desde o ataque de 7 de outubro de 2023, o país tem registrado um aumento nas ameaças internas, com Tel Aviv se tornando um alvo recorrente. Analistas de segurança israelenses classificam esses incidentes como “ataques espontâneos”, realizados por indivíduos ou pequenos grupos, o que dificulta a prevenção.
Em fevereiro deste ano, três bombas foram encontradas em ônibus em Bat Yam, um subúrbio de Tel Aviv. Embora não houvesse vítimas, a mensagem “Vingança de Tulkarem” deixada no local evidenciou a motivação política por trás do atentado. Em outubro de 2024, um tiroteio na estação de trem de Jaffa, no sul de Tel Aviv, deixou vários mortos e feridos.
O governo israelense enfrenta uma crescente pressão interna para demonstrar sua capacidade de prevenção em seu próprio território.
Crise humanitária em Gaza
Paralelamente, a guerra em Gaza continua a gerar uma crise humanitária devastadora. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, mais de 61.800 palestinos morreram no conflito até o dia 30 de julho de 2025.
A crise humanitária atingiu um ponto crítico com a declaração oficial de fome, classificada como uma emergência alimentar de Nível 5 (“catastrófica”) pela classificação IPC, afetando mais de 500.000 pessoas e podendo chegar a 640.000 até setembro. Agências da ONU, como a UNICEF, têm denunciado a crise como “feita pelo homem”, condenando-a como um possível crime de guerra e exigindo um cessar-fogo imediato e acesso humanitário irrestrito.
Israel prende dois palestinos suspeitos de planejar atentado em Tel Aviv
