A poucos dias do julgamento de Robinho, a primeira-dama Janja assumiu um papel ativo, interferindo diretamente no processo. Ela entrou em contato com o relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão, com o objetivo de influenciar sua decisão. Ao que parece, os desejos de Janja foram atendidos, com o voto do ministro alinhado à ideia de que o ex-jogador cumpra no Brasil a pena de nove anos à qual foi condenado na Itália por estupro.
Além disso, os laços de Janja com o Judiciário vão além desse caso específico. Ela também tem atuado em cortes superiores para indicar juízes na Justiça Federal, especialmente uma das duas vagas abertas no Tribunal Regional Federal (TRF) de São Paulo, destinadas a advogados.
A prisão de Robinho ocorreu em Santos (SP) no dia 21, por equipes da Polícia Federal, que cumpriram o mandado de detenção expedido pela Justiça. O ex-jogador foi detido em seu condomínio no litoral paulista.
Após a sentença, decidiu-se que Robinho permanecerá em regime fechado, devido à gravidade do crime e à pena superior a oito anos. As questões relacionadas à progressão do regime de pena seguirão as normas estabelecidas pela legislação brasileira, incluindo a Lei de Crimes Hediondos e a Lei de Execução Penal.
A influência de Janja no Judiciário, conforme observado por Lauro Jardim em sua coluna, vai além do caso de Robinho. Ela já teria exercido influência em cortes superiores para indicação de juízes na Justiça Federal, especialmente para ocupar uma das duas vagas disponíveis no TRF de São Paulo, reservadas a advogados.
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