Juiz da Lava Jato é afastado suspeito de furtar champanhe

O Corte Especial Administrativa do TRF-4 abriu um processo administrativo disciplinar contra o juiz federal Eduardo Appio e manteve seu afastamento do cargo. Ele está sob investigação por suspeita de furtar garrafas de champanhe em um supermercado de Blumenau, Santa Catarina.

O caso veio à tona em outubro, após um boletim de ocorrência relatar o furto de duas garrafas da marca Moët. Segundo o registro, cada unidade custa cerca de R$ 500 e teria sido levada em dias distintos: 20 de setembro e 4 de outubro.


O documento aponta que o suspeito seria “um senhor de cerca de 72 anos, com óculos e 1,76 m”, que saiu do local em um Jeep Compass. A polícia verificou que a placa informada pelo supervisor do mercado está ligada ao veículo de Appio.

Quando a Polícia Civil identificou o nome do magistrado, enviou o caso ao TRF-4, já que só o tribunal pode apurar condutas de juízes de primeira instância. As imagens e demais documentos foram repassados ao órgão.

Appio afirmou ao G1 que está apresentando sua defesa administrativa.


– O TRF-4 foi induzido em erro por um delegado de Blumenau, candidato pelo União Brasil em 2026. Refutaremos mais esta fake news política em juízo – declarou.

O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, negou que haja delegado candidato pelo partido. Ele disse ainda que a investigação foi conduzida pela própria polícia e, ao identificar um magistrado como suspeito, o caso foi encaminhado ao tribunal.

O TRF-4 confirmou o afastamento e a abertura do processo disciplinar. A Justiça Federal do Paraná informou que não comentará o assunto.

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