O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, poderá estudar para a segunda fase do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal autorizou a entrada de livros no presídio da Papuda.
A decisão assinada pela juíza Leila Cury, porém, impede que ele tenha acesso a materiais pontiagudos como hidrográficas e marcadores adesivos por considerar que estes “podem vir a ser usados para a circulação de recados”.
A Justiça foi provocada pela defesa de Silvinei que levou ao Centro de Detenção Provisória II a situação de que a administração da Papuda não estaria permitindo a entrada de livros para que o ex-PRF pudesse se preparar para a prova.
Silvinei Vasques teve autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para fazer a primeira etapa do exame no dia 19 de novembro. Ele prestou a prova em uma sala isolada em uma universidade de Brasília.
Para a próxima fase, ele precisaria se dedicar mais aos estudos, mas a administração da Papuda reteve o material.
– A administração penitenciária reteve seu material de estudo sem nenhuma justificativa – denunciou o advogado Eduardo Pedro Nostrani Simão.
Preso em 9 de agosto, o ex-PRF é investigado por supostamente utilizar o órgão para interferir no resultado das eleições de 2022. A acusação é de que a PRF foi usada para dificultar a chegada de eleitores do Nordeste aos locais de votação no segundo turno.
