A Justiça Federal marcou perícia médica em Adélio Bispo de Oliveira para o dia 25 de julho e o procedimento avaliará a saúde mental do autor da facada em Jair Bolsonaro (PL) em um comício na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, durante a campanha presidencial das eleições de 2018.
A medida deve definir a cessação ou permanência da periculosidade de Adélio, que atualmente cumpre medida de internação no Presídio Federal de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Os médicos vão responder a quesitos apresentados pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública. Entre eles, se o quadro de saúde mental apresentado pelo paciente citado na sentença persiste.
O laudo pericial desta nova análise deverá ser juntado ao processo em até trinta dias após o fim do procedimento. Adélio foi absolvido pela Justiça Federal de Minas Gerais em junho de 2019 por ser considerado inimputável, ou seja, incapaz de responder pelos atos que praticou. A sentença, no entanto, fixou um prazo de três anos para nova perícia médica.
A Justiça também determinou que o Governo Federal deverá arcar com os custos da perícia médica. O Departamento Penitenciário Nacional é que vai pagar passagens e hospedagens para os dois psiquiatras que farão as análises.
De acordo com a decisão, houve grande dificuldade em encontrar profissionais dispostos a fazer a avaliação em decorrência das peculiaridades do caso e do baixo valor de honorários pagos aos profissionais. A Justiça contou com o auxílio da Associação Brasileira de Psiquiatria, que viabilizou dois profissionais para o procedimento. Os médicos sairão de João Pessoa, capital da Paraíba, e do Rio de Janeiro para fazer a perícia em Campo Grande. Como Adélio é beneficiário da justiça gratuita, ele não pode ser incumbido de arcar com os custos.