Deolane Bezerra teve seu pedido de habeas corpus negado e foi conduzida à Colônia Penal Feminina do Recife, nesta quarta-feira, 4. O juiz Claudio Jean Nogueira Virgínio decidiu pela negativa do pedido, ao alegar que não cabe neste caso específico.
O advogado de Deolane Bezerra argumentou que a prisão preventiva é desproporcional, porque sua cliente não apresenta periculosidade. Ele sugeriu a entrega do passaporte, a suspensão do porte de arma e o bloqueio de bens como alternativas que garantiriam a investigação sem a necessidade de prisão.
Além disso, o advogado destacou que a prisão causa danos irreparáveis à imagem e ao exercício da profissão de Deolane, que é influenciadora e advogada.
Por que a Justiça negou o habeas corpus
O juiz Claudio Jean Nogueira Virgínio explicou que o habeas corpus só pode ser julgado em caso de condenação confirmada sem recurso e mencionou que há um pedido em andamento na 4ª Câmara Criminal.
A Secretaria Executiva de Ressocialização de Pernambuco (SEAP/PE) confirmou a chegada de Deolane à penitenciária e informou que, por questões de segurança, a influenciadora ficará em uma cela separada.
Em virtude da repercussão do caso, foram tomadas medidas adicionais para garantir a integridade física de Deolane na unidade prisional.
Entenda a prisão de Deolane Bezerra
Ela foi presa na manhã desta quarta-feira, em Boa Viagem, zona sul do Recife, durante uma operação da Polícia Civil de Pernambuco. A ação tem o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que praticava lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
A Polícia Civil de Pernambuco confirmou a prisão à TV Globo e informou que Deolane foi levada para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, zona oeste da cidade.
A operação, denominada Integration (Integração, em tradução livre), teve início em abril de 2023. Além da prisão de Deolane, foram emitidos 18 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão nas cidades de Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia.
A Polícia Civil também anunciou o sequestro de bens, incluindo carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. Além disso, houve bloqueios de ativos financeiros que somam mais de R$ 2,1 bilhões, entrega de passaportes, suspensão e cancelamento de registros de armas de fogo.
A investigação contou com a colaboração da Interpol e das polícias civis de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás, mobilizando um total de 170 policiais.
Em 2022, Deolane foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de envolvimento com a Betzord, uma empresa de apostas esportivas on-line. Na ocasião, a Betzord era investigada por “crime contra a economia popular e associação criminosa”.