O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, recebeu o visto para participar de reunião da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, Estados Unidos, nesta terça-feira (16/9). Ele deve integrar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O visto do ministro estava suspenso há algum tempo. A viagem ocorre em meio ao acirramento das tensões com o governo norte-americano, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além do visto de Lewandowski, o do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), foi revogado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, em agosto deste ano.
Na quinta-feira (11/9), o secretário de Estado de Donald Trump, Marco Rubio, prometeu responder à condenação do ex-chefe do Planalto. Bolsonaro foi setenciado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado no país, após perder as eleições em 2022.
Lula terá reuniões bilaterais e compromissos para discutir democracia, meio ambiente, conflitos em andamento e outros temas, agora com Lewandowski na comitiva.
O petista deve permanecer em solo norte-americano por ao menos quatro dias. Neste ano, a reunião será marcada pelo aniversário de 80 anos das Nações Unidas, criada em 1945, por ocasião da assinatura da Carta de São Francisco. Atualmente, a organização é composta por 193 estados membro e dois observadores (Palestina e a Santa Sé).
Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro estado membro a discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU, seguido do anfitrião, os Estados Unidos. O presidente brasileiro abre a sessão de 23 de setembro, terça-feira, pela manhã.