O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), pediu nesta segunda-feira (21/7) que o Supremo Tribunal Federal (STF) reavalie a possibilidade de prisão preventiva do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL). O pedido se dá após live divulgada pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na qual ele intimida agentes da Polícia Federal (PF) e ameaça o ministro Alexandre de Moraes.
Em petição enviada ao relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, Lindbergh alega que as falas de Eduardo não se caracterizam como liberdade de expressão parlamentar, mas “à prática de atos ilícitos com potencial de afetar o andamento da investigação criminal, constranger servidores públicos e subverter a autoridade da Corte, sendo, portanto, juridicamente relevante”.
Na transmissão ao vivo feita no último domingo (20/7), Eduardo Bolsonaro direciona insultos e ameaças diretas aos policiais federais que participaram de uma operação de busca e apreensão autorizada pelo STF. Referindo-se a um dos agentes, o deputado disse: “Vai lá, coleguinha, cachorrinho da Polícia Federal. Se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui”.
Segundo Lindbergh, a frase tem “inequívoco caráter intimidatório” e representa “grave violação ao princípio da autoridade da jurisdição”. O líder do PT também destacou que a fala teve imediata repercussão institucional.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, classificou o episódio como uma “covarde tentativa de intimidação” e afirmou que a corporação comunicaria formalmente o Supremo para o caso ser apurado.