O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), celebrou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra um inquérito para investigar a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos. Não se dando por satisfeito, o petista ainda pediu a prisão preventiva do parlamentar.
Lindbergh é o autor da representação criminal que deu origem à solicitação da PGR. Em comentário no X, o parlamentar afirmou que Eduardo está agindo “contra o Judiciário brasileiro e a soberania nacional”.
– O sistema de justiça brasileiro está sob ataque externo, articulado por um parlamentar licenciado que age contra sua própria pátria. Eduardo Bolsonaro, mesmo fora do país, busca sanções contra autoridades brasileiras, tentando sabotar investigações contra os golpistas. Isso é traição à pátria e obstrução da Justiça. O Brasil não pode tolerar esse tipo de comportamento – escreveu Lindbergh.
O congressista também defendeu ser “imprescindível que o STF atue com firmeza”.
– A prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro é necessária para preservar a soberania nacional e garantir que ninguém esteja acima da lei. Quem conspira contra o Brasil deve responder por seus atos – finalizou.
Eduardo está nos EUA desde março deste ano a fim de lutar por sanções internacionais contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a quem considera ser um violador de direitos humanos e perseguidor da direita brasileira.
Atendendo ao pedido de Lindbergh, a PGR solicitou a abertura de um inquérito no STF para apurar as ações do parlamentar, que segundo o órgão, poderiam representar tentativa de intimidação contra autoridades públicas brasileiras e interferência em processos judiciais.
– Há um manifesto tom intimidatório para os que atuam como agentes públicos, de investigação e de acusação, bem como para os julgadores na Ação Penal, percebendo-se o propósito de providência imprópria contra o que o sr. Eduardo Bolsonaro parece crer ser uma provável condenação – sustenta a PGR, que também pede a oitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A manifestação da PGR ocorre depois de o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio confirmar, durante uma audiência no Congresso norte-americano, que os Estados Unidos estão considerando a imposição de sanções contra Moraes.
– Isso está sendo analisado agora e há uma grande possibilidade de que isso aconteça – respondeu Rubio a um questionamento do deputado republicano Cory Mills, que cogitou a aplicação da chamada Lei Magnitsky contra Moraes.