Após afirmar ter sido ignorado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, contou nesta sexta-feira (7/7) ter tido sucesso em uma outra tentativa de contato para conversar sobre a reforma tributária.
“Eu falei com ele ontem. Eu liguei para ele, mandei mensagem, colocando justamente, sem fazer nenhum juízo de valor nem pedindo posicionamentos, que essa reforma nasceu no governo dele e foi tocada dentro do Congresso Nacional e era do Brasil, mais nada do que isso”, disse.
A posição contrária de Bolsonaro à pauta gerou, inclusive, irritação do ex-presidente com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ao lado no ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Tarcísio afirmou, na quarta-feira (5), que o estado será “parceiro” no tema e concorda com 95% do texto.
Em uma reunião no PL na quinta com a presença de Tarcísio, Bolsonaro admitiu ter ficado “chateado” com o governador, a quem teve papel fundamental na eleição em 2022.
Em referência à situação, Lira frisou ter aconselhado Bolsonaro de que Tarcísio é um “amigo para ser preservado”. “Conversamos rapidamente fiz a ele uma observação de que o governador Tarcísio foi muito correto com o tratamento da PEC [da reforma tributária] e que é um amigo que precisa ser, acima de tudo, preservado”, declarou.
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