O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que o presidente Lula deve escolher o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) quando retornar da viagem à Europa. Luís Roberto Barroso aposentou a toga depois de 12 anos no STF.
Neste sábado, 11, o petista embarcou para Roma, na Itália, onde vai participar do Fórum Mundial da Alimentação 2025.
“Essas decisões têm que ser rápidas, mas bem ponderadas”, disse Lewandowski, durante o Fórum Esfera Internacional, em Belém (PA). “O presidente tem o seu tempo, além de uma viagem marcada para o exterior. Creio que, na volta, será decidido.”
“O ministro Barroso desempenhou um excelente trabalho no Supremo”, declarou Lewandowski. “Foi um ótimo colega, um intelectual de proa e vai fazer falta. Todos aprendemos muito com ele.”
Lewandowski evitou opinar sobre o novo juiz do STF. Além disso, assegurou não ter preferências pessoais.
“Como cidadão, quero que haja alguém que tenha os requisitos constitucionais, notável saber jurídico e reputação ilibada”, disse.
Lewandowski compara crime organizado ao aquecimento global
Durante o evento em Belém, Lewandowski também abordou o avanço do crime organizado. Ele classificou o tema como uma das maiores ameaças globais da atualidade. “O crime organizado é um fenômeno tão preocupante quanto o aquecimento global, as guerras regionais e as crises econômicas”.
O ministro defendeu que o combate às facções precisa ocorrer em três níveis: cooperação internacional, integração entre governos e operações conjuntas. Entre os exemplos citados estão ações recentes da Polícia Federal contra tráfico de drogas e abuso sexual de menores.