Lula desembarca em Paris para visita oficial de seis dias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou nesta quarta-feira (4) em Paris para uma viagem oficial de seis dias à França. Acompanhado da primeira-dama Janja e de ministros, o petista pousou no Aeroporto de Orly por volta das 13h30 (horário local), 8h30 (horário de Brasília).

“A convite do presidente Emmanuel Macron, já estou em Paris, onde teremos uma série de compromissos para fortalecer a parceria entre Brasil e França”, escreveu Lula no X (antigo Twitter). “Esta será a primeira visita de Estado de um presidente brasileiro na França desde 2012. Vamos discutir acordos e cooperação nas áreas de meio ambiente, tecnologia, defesa, energia e saúde.”

Lula também destacou outros pontos da agenda: “Teremos também fórum com empresários brasileiros e franceses para promover o comércio e o investimento bilateral.” E acrescentou: “Participaremos ainda da Conferência dos Oceanos, para fortalecer a agenda de enfrentamento à mudança do clima.”

Lula viajou no “Aerolula”, um Airbus A319 tradicionalmente utilizado pela Presidência da República, o que exigiu uma parada em Lisboa, capital de Portugal, para abastecer a aeronave. Parte da comitiva presidencial, composta por ministros, parlamentares aliados e integrantes da Polícia Federal, viajou em outra aeronave e desembarcou antes de Lula na capital francesa. Entre eles, estava o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

A comitiva inclui 19 autoridades, entre elas 7 ministros titulares (Relações Exteriores, Justiça, Portos, Agricultura, Cultura, Minas e Energia, Meio Ambiente), 3 senadores e 4 deputados federais. Lula, Janja e parte da comitiva ficarão hospedados no hotel cinco estrelas Intercontinental Paris Le Grand, o mesmo onde o casal presidencial se hospedou em Paris quando participou da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, em 2023. A diária mais barata do Le Grand nos sites de busca custa € 471 (cerca de R$ 3.000).

Programação em Paris e sul da França
Segundo o Palácio do Planalto, o presidente não tem compromissos oficiais nesta quarta-feira. A primeira-dama, Janja, tem prevista a participação em um encontro com sua homóloga francesa, Brigitte Macron, e um grupo de estilistas brasileiras em um restaurante de Paris.

Na manhã desta quinta-feira (5), Lula será recebido pelo presidente Emmanuel Macron no pátio dos Invalides, o monumento francês onde fica o túmulo de Napoleão e onde são recebidos chefes de Estado em visita oficial. Em seguida, Lula terá uma reunião com Macron no Palácio do Eliseu, sede da presidência, seguida de declaração à imprensa e almoço.

Na tarde de quinta, Lula será homenageado com uma sessão privada da Academia Francesa, honraria concedida raramente pela instituição criada no século XVII. De lá, o presidente segue para o Hôtel de Ville, sede do governo municipal de Paris. Será recebido pela prefeita, a socialista Anne Hidalgo, e inaugurará uma placa comemorativa na “floresta urbana” plantada pela capital francesa na esplanada em frente à prefeitura. Às 20h30 (15h30 em Brasília) de quinta, Lula janta com Macron e um grupo de personalidades brasileiras e francesas no Eliseu.

Na sexta-feira (6), o presidente receberá o título de doutor honoris causa da Universidade Paris 8 e inaugurará duas exposições de arte brasileira no Grand Palais, pavilhão de exposições histórico no centro de Paris. Também participará de cerimônia de certificação do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação, concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal, e discursará no Fórum Empresarial Brasil-França.

O Planalto ainda não havia confirmado, até a manhã desta quarta, se Lula viaja para o litoral mediterrâneo ainda na tarde de sexta ou na manhã de sábado. Ele participará de um fórum sobre “economia azul” (relacionada aos mares) em Mônaco, no dia 8, e da Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano, em Nice, no dia 9. Antes de retornar ao Brasil, no mesmo dia 9, ele visitará em Lyon a sede da Interpol, organização internacional de polícias. O secretário-geral da Interpol é o delegado da Polícia Federal brasileira Valdecy Urquiza, eleito no ano passado com apoio do governo brasileiro.


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