O programa de governo entregue pelos candidatos é uma forma de informar a população de como será o governo, caso o candidato seja eleito. Também serve para cobrar o eleito, bem como evitar estelionato eleitoral.


Nesta quarta-feira (21/09), o ex-presidiário Lula suspendeu a apresentação da versão final do seu programa de governo. Ele quer apresentar somente após as eleições.

De acordo com fontes da campanha, são diversos os motivos. Mas o principal é o de que a ausência de um documento definitivo ajuda Lula a angariar apoios que o petista tem buscado, especialmente entre nomes ao centro do espectro político. Justamente o perfil que petistas buscam para tentar vencer no primeiro turno, estratégia central da campanha nesta reta final.

A verdade é que, caso seja eleito, ele poderá fazer o que bem entender e nós não poderemos cobrar. Integrantes da campanha dizem que não é um programa apresentado de antemão que fará Lula vencer. Mais que isso, a depender do que estiver no documento, pode dar munição ao principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL)

Uma alta fonte da campanha afirmou que o apoio de parte dos ex-candidatos a presidente é um exemplo disso. A leitura é de que, se já houvesse um programa fechado, conforme idealizado inicialmente, não seria possível negociar apoios na reta final para o primeiro turno.


O CONEXÃO POLÍTICA destaca que os aliados do descondenado izem que essa munição pode ser explorada tanto de forma negativa, como uma eventual proposta ligada a pauta de costumes —aborto por exemplo— como de forma positiva, com a campanha governista apresentando um programa como contraponto. Foi o que ocorreu, dizem, após o PT defender um adicional de R$ 150 no Bolsa Família para crianças. Dias depois, a campanha de Bolsonaro apresentou uma ideia de Auxílio Brasil de R$ 800.

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