Lula afirmou na última terça-feira, 7, que o processo de privatização da Eletrobrás foi “quase que uma bandidagem”. Segundo ele, a venda da empresa realizada pelo governo de Jair Bolsonaro foi “errático” e de “lesa-pátria”. A Eletrobrás foi privatizada em junho de 2022 por R$ 33,7 bilhões.
Ele também defendeu que o contrato de participação do governo federal nas ações da Eletrobras seja revisto pela Justiça, para que haja mais representantes da União no conselho diretor da empresa.
“Foi feito quase uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobrás. Nós, inclusive, possivelmente o advogado-geral da União, [ele] vai entrar na Justiça para que a gente possa rever esse contrato leonino contra o governo”, disse Lula em café da manhã com jornalistas de 41 veículos de mídia tidos como “independentes ” ou “alternativos ” pela Presidência da República.”, afirmou Lula.
Lula também afirmou ser uma coisa “irracional” e “maquiavélica” o fato de o governo ter 40% das ações, mas só poder participar da direção da empresa como se tivesse 10%. As críticas de Lula à privatização da empresa de energia são antigas e se intensificaram durante a campanha eleitoral, onde ele prometeu rever a venda se fosse eleito.
Porém, agora o presidente sinalizou que o governo irá se mexer para mudar a dinâmica de sua participação na empresa. Apesar de ter dito não ter a intenção de comprá-la de volta, Lula deixou em aberto a possibilidade de a União comprar mais ações caso a economia cresça.
