O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião ministerial para esta segunda-feira, 20, na Granja do Torto, em Brasília. O encontro ocorre em meio a discussões sobre mudanças nos ministérios e depois da polêmica envolvendo o sistema de pagamentos Pix.
A cúpula do governo irá debater programas e ações para 2025 e fazer uma avaliação dos dois anos do terceiro mandato de Lula. Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, comentou sobre a reunião:
“Vamos colocar agora a mão na massa, fazer as portarias, os decretos necessários, assim como preparar a reunião ministerial, que será na segunda quinzena de janeiro”, disse ele. “O presidente quer fazer um balanço dos dois anos de governo, das medidas que foram votadas e do que faremos juntos”.
Pressão política sobre o governo Lula e mudanças ministeriais
O governo enfrenta pressão dos aliados no Congresso Nacional para promover mudanças na Esplanada dos Ministérios. Essa pressão está ligada às eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, previstas para o início de fevereiro, que podem impactar as estratégias políticas de Lula, incluindo uma possível candidatura à reeleição em 2026.
Alguns políticos próximos ao governo podem reconsiderar seu apoio devido a divergências com suas bases eleitorais. A reunião ministerial, inicialmente programada para o final de 2024, foi adiada para 2025 devido aos procedimentos cirúrgicos de Lula. Essas reuniões são conhecidas por sua duração, frequentemente se estendendo por um expediente inteiro.
Mudanças na comunicação do governo
Recentemente, o presidente fez uma mudança na Secretaria de Comunicação Social. Paulo Pimenta deixou o cargo, sendo substituído por Sidônio Palmeira, que coordenou a campanha presidencial de Lula em 2022. Durante seu mandato, Pimenta foi indicado ao Ministério Extraordinário para Reconstrução do Rio Grande do Sul entre maio e setembro de 2024.
O futuro de Pimenta no governo ainda é incerto, mas ele pode retornar à Câmara dos Deputados. Ele é parlamentar pelo Rio Grande do Sul. A saída de Pimenta era esperada desde dezembro, quando Lula criticou a comunicação do governo.