O ditador venezuelano Nicolás Maduro alegou nesta quinta-feira (16) que o governo de Donald Trump ordenou à CIA “acabar” com seu país, depois que o presidente dos Estados Unidos confirmou que autorizou a agência de inteligência a realizar operações secretas no país sul-americano.
– O governo dos Estados Unidos decide mandar a CIA para a Venezuela. Nenhum governo anterior, desde que a CIA existe, disse publicamente que mandaria a CIA para matar, derrubar e acabar com os países – declarou Maduro em um Congresso nacional de cozinheiras transmitido pela emissora estatal de televisão VTV.
Além disso, ele afirmou que, “pela primeira vez na história”, um governo nos Estados Unidos diz publicamente que deu “autorização e ordem para [a CIA] atacar um país”, mas que os venezuelanos estão unidos diante do que classificou como uma “chula e grosseira política intervencionista para uma mudança de regime” na Venezuela.
– Eles com sua guerra psicológica querem atemorizar o povo, dividir o povo, querem desmoralizar o povo, querem fazer mal ao nosso país (…) Aqui o povo está firmemente unido – ressaltou.
Maduro alegou que a CIA tem “conspirado” contra a Venezuela durante os últimos 26 anos, desde o início do governo de Hugo Chávez – que assumiu o poder em 1999 e morreu em março de 2013 – e também ao longo de sua própria gestão.
Ele afirmou que os dez americanos que a Venezuela entregou em julho aos Estados Unidos eram “terroristas da CIA convictos e confessos”, em referência à troca que realizou pela libertação de 252 venezuelanos que estavam detidos em El Salvador, para onde tinham sido enviados pelo governo de Trump em março.
Os EUA contam agora com 10 mil militares na região do Mar do Caribe, a maioria em bases em Porto Rico, assim como um contingente de fuzileiros navais em navios de assalto anfíbio.