Manifestantes contra votação do projeto de escolas cívico-militares entram em confronto com a PM na Alesp

Nesta terça-feira (21), estudantes que protestavam contra a votação do projeto de lei para a implementação de escolas cívico-militares na rede estadual e municipal de ensino foram agredidos por policiais militares na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Vídeos registrados por testemunhas mostram os manifestantes sendo atingidos por golpes de cassetete.

O tumulto ocorreu durante o intervalo da sessão, antes da votação do projeto, quando alguns jovens invadiram o plenário. Em resposta, um dos manifestantes também foi agredido com cassetetes.


Desde o início da tarde, o policiamento foi reforçado na Alesp para a votação do projeto de lei, de autoria do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Pelo menos dois episódios de agressão foram registrados durante o protesto.

O primeiro incidente aconteceu no corredor que dá acesso ao Salão dos Espelhos, onde policiais militares do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), equipados com escudos, formaram uma linha de bloqueio. Ao passar pelo “corredor policial”, os estudantes foram agredidos com cassetetes.

O projeto de lei prevê que escolas públicas estaduais e municipais do ensino fundamental, médio e educação profissional possam optar por adotar o modelo cívico-militar.

“A proposição em comento pretende autorizar o Poder Executivo a criar escolas cívico-militares, onde poderá ser autorizada a conversão, fusão, desmembramento ou incorporação de escolas estaduais já em funcionamento para o modelo de escola cívico-militar, priorizando-se aquelas situadas em regiões de maior incidência de criminalidade”, explica o secretário da Educação, Renato Feder, no texto do projeto.

No modelo proposto, a Secretaria da Educação seria responsável pela condução pedagógica das instituições de ensino, enquanto a Secretaria da Segurança Pública cuidaria da administração e disciplina. As atividades extracurriculares seriam definidas em colaboração com outras pastas e conduzidas por monitores não armados, que poderão ser militares da reserva.


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