María Corina não vai à Noruega para o Nobel da Paz

A cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz será realizada nesta quarta-feira, 10, em Oslo, mas sem a presença da homenageada. A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, de 58 anos, não comparecerá à solenidade. A informação foi confirmada por Kristian Berg Harpviken, diretor do Instituto Nobel Norueguês.


O evento ocorre na Prefeitura de Oslo, com a presença do rei Harald, da rainha Sonja e de autoridades da América Latina. Estão confirmados os presidentes Javier Milei, da Argentina, e Daniel Noboa, do Equador.

María Corina foi laureada “por seu trabalho incansável em favor dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta por uma transição justa e pacífica da ditadura à democracia”, segundo a fundação.

Impossibilitada de viajar por conta de uma proibição imposta há dez anos pelo regime chavista, ela também está fora de circulação pública desde agosto. Desde então, seu paradeiro é desconhecido.

“Ela infelizmente não está na Noruega e não estará no palco da Prefeitura de Oslo às 13h, quando a cerimônia começar”, afirmou Harpviken à emissora NRK. Interpelado sobre onde ela estaria, respondeu: “Eu não sei.”


A filha da opositora, Ana Corina Sosa Machado, será a responsável por receber o prêmio e proferir o discurso no lugar da mãe.

María Corina venceu com folga as primárias da oposição para a eleição presidencial de 2024, mas a ditadura a impediu de concorrer. Em agosto, depois de novas prisões de dissidentes, ela decidiu entrar na clandestinidade.

A líder opositora é próxima de aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em declarações anteriores, ela chegou a afirmar que o republicano também merecia o Nobel da Paz.

Nobel da Paz ocorre em meio a operação militar dos EUA

A premiação coincide com uma série de mobilizações militares dos EUA contra embarcações ligadas ao narcotráfico no Caribe e no Pacífico.

Mais de 80 criminosos morreram nas ofensivas, iniciadas em agosto. O ditador Nicolás Maduro acusa os EUA de planejar sua queda e de tentar controlar os recursos naturais da Venezuela.

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