Na noite dessa última sexta-feira (31/03), a Marisa (AMAR3) anunciou novas medidas de seu plano de reestruturação para reduzir o endividamento e melhorar a estrutura de custos.
A rede varejista de moda receberá um aporte de R$ 90 milhões dos acionistas controladores, a família Goldfarb, no seu braço financeiro, a MPagamentos, em transação já submetida ao Banco Central; e prevê o fechamento de cerca de 90 lojas que tenham “sistematicamente geração de caixa negativo” em sua rede com 334 unidades.
Segundo comunicado, os acionistas controladores poderão fazer, caso necessário, um aporte adicional de R$ 26 milhões até agosto deste ano.
O aporte será realizado em abril para reenquadrar a MPagamentos nos índices regulatórios e prudenciais exigidos de instituições financeiras. A decisão decorre da análise tomada pela nova gestão que tomou posse há pouco mais de um mês, liderada pelo CEO João Pinheiro Nogueira Batista.
Ressaltando que, o fechamento das estimadas 90 lojas terá um custo estimado de R$ 50 milhões, mas, por outro lado, a redução proporcional de SG&A (Despesas de Vendas, Gerais & Administrativas) deverá viabilizar uma geração extra de caixa da ordem de R$ 30 milhões ao ano, segundo cálculos da empresa.
A empresa informou ainda a contratação do Lefosse Advogados e da Deloitte Brasil para compor uma comissão externa para análise de alçadas e práticas contábeis, em decisão também tomada pela nova gestão e apoiada pelo conselho de administração.