O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), compareceu à sede da Polícia Federal (PF) na tarde desta quinta-feira (05) para prestar novo depoimento. O documento de intimação não especifica em qual das investigações o militar delator será ouvido.
Mauro Cid, que já foi ouvido 11 vezes nas investigações sobre supostas irregularidades durante o Governo Bolsonaro, foi intimado pelo delegado Fábio Shor, responsável por apurar casos envolvendo o ex-presidente da República.
Mauro Cid, Bolsonaro e outras 35 pessoas, em sua maioria militares, foram indiciados pela PF sob a suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens, que chegou a ser preso e depois libertado após firmar um acordo de delação premiada, tem sido peça-chave nas investigações.
A delação premiada é um acordo entre o investigado, o Ministério Público e a PF, que visa garantir benefícios no processo penal em troca de informações que ajudem nas investigações.
O inquérito que resultou nos indiciamentos foi encaminhado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, à Procuradoria-Geral da República, que deve decidir se apresenta denúncias contra os envolvidos.
Além dessa apuração, outras investigações seguem em andamento na PF, e, como colaborador, Mauro Cid continua a ser intimado sempre que necessário.
Em 21 de novembro, Cid foi ouvido pelo STF sobre seu acordo de delação. Durante o depoimento, ele esclareceu contradições entre suas declarações anteriores e os dados obtidos pelos investigadores, que apontaram um plano para assassinar autoridades em 2022.
Embora tenha negado conhecer a trama contra o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, as investigações revelaram conversas em seu celular relacionadas ao plano.
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