O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ter alta hospitalar no início da próxima semana, conforme informado pelo cardiologista Roberto Kalil Filho em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (12).
O procedimento cirúrgico para complementar a drenagem de uma hemorragia intracraniana, ao qual Lula foi submetido, não altera o cronograma hospitalar previamente estabelecido. O presidente pode deixar a UTI ainda nesta sexta-feira (13).
A segunda cirurgia, realizada no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, teve início por volta das 7h25 e durou cerca de uma hora, ocorrendo sem intercorrências. Após a operação, Lula já estava acordado e conversando. O procedimento consistiu na embolização da artéria meníngea média, uma intervenção pouco invasiva que bloqueia o fluxo sanguíneo em áreas específicas do cérebro.
Além de Kalil Filho, os médicos José Guilherme Caldas, Ana Helena Germoglio, Rogério Tuma e Marcos Stavale também participaram da coletiva de imprensa no hospital, localizado na região central de São Paulo.
Na noite de segunda-feira (09), o presidente sentiu dores de cabeça e se dirigiu a uma unidade do hospital em Brasília para a realização de exames de imagem. A ressonância magnética indicou uma hemorragia intracraniana, resultado da queda que ele sofreu em casa, o que levou à sua transferência para São Paulo.
Durante a primeira intervenção médica, Lula passou por uma trepanação, procedimento em que são feitas pequenas perfurações no crânio. De acordo com os médicos responsáveis, o presidente se recuperou bem e recebeu visitas de familiares na quarta-feira (11).
Em 19 de outubro, Lula sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada enquanto cortava as unhas. Na ocasião, ele bateu a cabeça e sofreu traumatismo craniano, além de um pequeno sangramento no cérebro. O acidente ocorreu quando ele estava sentado em um banco, inclinou-se para frente para cortar a unha do pé, e ao voltar, o banco inclinou-se e ele caiu. Lula precisou levar cinco pontos na região da nuca e, desde então, passou a ser monitorado constantemente devido à gravidade da queda. Como consequência, o presidente reduziu o ritmo de trabalho e cancelou diversos compromissos.
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