Mercado em queda: UBS compra Credit Suisse

Nesta segunda-feira, 20, no dia seguinte à venda do Credit Suisse os mercados globais amanheceram em queda. O banco suiço foi comprado pelo rival ,também suiço, UBS, seu maior concorrente doméstico no setor bancário. A compra foi fechada por US$ 3,23 bilhões depois de 3 dias de negociações.


Na manhã desta segunda-feira, as bolsas de Hong Kong (-2,65%), Londres (-0,92%), Tóquio (-1,42%), Sydney (-1,38%) e Xangai (-0,48%) abriram em queda. No mercado suíço, as ações caíram 1,8%. As ações do Credit Suisse tiveram queda de 63% no início do pregão, enquanto o seu comprador, o UBS, recuou 14% na bolsa de Zurique.

O suíço UBS Group AG fechou um acordo para comprar seu concorrente Credit Suisse por mais de US$ 3 bilhões, enquanto isso executivos de bancos e autoridades suíças corriam para conter uma crise provocada, ao menos em parte, pelo colapso de dois grandes bancos dos EUA na semana passada.

Segundo o comunicado do Banco Nacional da Suíça, com a aquisição do Credit Suisse, foi encontrada uma solução para garantir a estabilidade financeira e proteger a economia suíça nesta situação excepcional.

O temor principal dos investidores é que o sistema financeiro esteja nos prelúdios de uma crise global depois das falências do SVB (Silicon Valley Bank) e do Signature Bank na última semana, seguido pela crise que quase levou a falência o 2º maior banco da Suíça.


Detalhes da transação

O UBS concordou em pagar US$ 3,2 bilhões em um acordo de ações, com os investidores do Credit Suisse recebendo uma ação do UBS para cada 22,48 ações do Credit Suisse detidas.

A empresa combinada terá mais de US$ 5 trilhões em ativos totais investidos, e o UBS espera garantir US$ 8 bilhões em cortes de custos nos próximos quatro anos, disse o UBS em uma declaração desta tarde.

O governo suíço ajudou a intermediar o negócio, com o objetivo aparente de concluir a fusão antes da abertura dos mercados asiáticos. Como parte do acordo, o banco central do país, ofereceu ao Credit Suisse e ao UBS até US$ 108 bilhões em empréstimos de assistência à liquidez, de acordo com comunicado. O governo suíço também deve acelerar o acordo abrindo mão do período de espera de seis semanas normalmente exigido antes de uma fusão.

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