O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que “seria insano” o governo federal realizar um projeto com passagens aéreas a R$ 200, como estava previsto pelo ex-chefe da pasta federal, Márcio França, no âmbito do programa Voa Brasil. A declaração de Costa Filho foi feita em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (18).
– Você sabe que tem um baiano nosso, Nizan Guanaes, que diz: “O importante não é só o que se diz, é o que as pessoas entendem”. E, naquele momento, da forma que foi passada em setores da imprensa e setores da sociedade brasileira, por conta das redes sociais, o povo brasileiro achou que a passagem seria R$ 200. Seria insano a gente desenhar um programa dessa natureza – disse.
Apesar de ter sido anunciado em março de 2023, o Voa Brasil ainda não saiu do papel. A nova previsão é de que o programa seja lançado até o fim deste mês, dependendo da agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Alguns detalhes sobre a nova proposta, como por exemplo o preço dos bilhetes, ainda não foram anunciados.
– Nós conversamos com o presidente Lula, com o ministro Rui Costa e desenhamos o novo programa Voa Brasil. A gente espera lançar esse programa até o final do mês de março. Já foi autorizado pelo presidente Lula – disse o ministro.
Em um primeiro momento, o projeto deve atender os 21 milhões de aposentados com renda de até dois salários-mínimos e 700 mil alunos do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, o Prouni. Costa Filho ressaltou que está prevista a emissão de cinco milhões de passagens, sem uso de dinheiro público.
Segundo o ministro, os beneficiários do Voa Brasil poderão adquirir as passagens ao longo de todo o ano, mas a oferta dos bilhetes deve ser menor durante os meses de alta temporada.
– Naturalmente, no período de alta estação, sempre terá menos voos disponíveis. Esse é um programa para estimular no Brasil a baixa temporada, sobretudo o turismo regional. A gente está procurando, ao lado do ministro Celso Sabino [do Turismo] e outros ministros, estimular o turismo no Brasil – completou.
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