Ministro de Portos defende volta do financiamento privado de campanha

Durante encontro com empresários, executivos e advogados nesta terça-feira (21), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, defendeu a volta do financiamento privado das campanhas eleitorais no Brasil. A prática foi proibida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015, à época dos escândalos de corrupção e caixa 2 envolvendo empreiteiras e estatais investigadas pela Operação Lava Jato.

Na ocasião de sua fala, Silvio Filho respondia a uma pergunta feita pelo vice-presidente da Cosan, Guilherme Penin. Para Penin, a decisão do Supremo gerou uma concentração de poder nas mãos de presidentes de partidos e de pessoas que financiam campanhas de maneira ilícita.


Segundo informações do Poder360, Penin indagou se não estaria na hora da classe empresarial voltar a participar dos financiamentos, ao que Silvio prontamente respondeu:

– Acho que a gente deveria retomar o financiamento privado no processo eleitoral do Brasil. Naturalmente dentro de um limite, de maneira proba e transparente. Porque eu acho que dessa forma o setor produtivo brasileiro pode contribuir ainda mais com o processo político e com fortalecimento da democracia. A gente precisa ter limites de financiamento ao Fundo Eleitoral público, porque no Brasil hoje estamos falando de quase R$ 5 bilhões [usados pelo fundo em uma eleição]. Quem sabe um congelamento do Fundo Eleitoral? Mas autorizar ao mesmo tempo a liberação da participação do financiamento privado – defendeu.

A reunião aconteceu no apartamento do advogado Giuseppe Giamundo, em Itaim Bibi, Zona Oeste de São Paulo. Também estiveram presentes empresários da Odebrecht, da J&F, XP Infrastructure, Consag, Eldorado Celulose e da Abratec (Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres).

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