Ministros de Lula admitem ter subestimado ameaças de Trump e Eduardo

Ministros do governo Lula admitem, nos bastidores, ter subestimado as ameaças de sanções dos Estados Unidos a autoridades brasileiras feitas por integrantes do governo Trump e pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Informações do Igor Gadelha, do portal Metrópoles.

De acordo com o Metrópoles, ao menos dois influentes ministros de Lula afirmaram que, pouco tempo antes de serem oficialmente anunciadas, as promessas de sanções eram vistas apenas como “bravatas”.

Auxiliares de Lula ressaltam que a diplomacia brasileira costumava tranquilizar integrantes do governo federal, minimizando as chances de as sanções serem realmente oficializadas pelo governo americano.

O próprio ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, disse, no início de julho, não acreditar que as sanções viriam. E que, mesmo que fossem anunciadas, o Brasil não deveria “dar importância”.

“O que o Brasil poderia fazer? Virar a cara, dizer que está zangado?”,  disse o chanceler, em entrevista à colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, em 7 de julho.

Na época, Vieira dizia não acreditar nas sanções, porque elas não teriam “cabimento”. “As leis americanas são aplicadas nos EUA. As leis brasileiras são aplicadas no Brasil”, disse o ministro.

Dias após essa entrevista, o governo Trump anunciou, primeiro, a revogação do visto do ministro do STF Alexandre de Moraes e de seus “aliados” na Corte. Depois, a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes.

Para ministros de Lula, a concretização das sanções não demonstraria a influência de Eduardo junto a Trump. “Não é que ele tem esse prestígio todo. Ele surfa na onda certa”, diz um auxiliar presidencial, sob reserva.


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