Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob condição de anonimato, afirmaram ao site UOL que se sentem aliviados com a transferência da investigação sobre suposta venda de sentenças na corte para o gabinete do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Integrantes do STJ avaliam que, antes de o caso ser encaminhado ao STF, havia o que classificam como vazamentos seletivos de informações por parte dos investigadores. Com o ministro Cristiano Zanin à frente da apuração, esse fenômeno teria diminuído.
De perfil discreto, Zanin evita comentar o assunto. Em 27 de outubro, durante o segundo turno das eleições municipais, o ministro esteve no TSE, onde também atuam outros membros do STF e do STJ, mas o tema não foi discutido entre os ministros, nem mesmo em conversas reservadas.
Para evitar vazamentos indevidos, Zanin tem conduzido pessoalmente a investigação, que segue em segredo de justiça. A investigação inicialmente mirava servidores de quatro gabinetes do STJ: Og Fernandes, Nancy Andrighi, Paulo Moura Ribeiro e Isabel Gallotti.
Posteriormente, foi identificada venda de sentenças em mais um gabinete, o de Antônio Carlos Ferreira.
Como o caso envolvia menções aos ministros, ele foi encaminhado ao STF, responsável por apurações que envolvem integrantes do STJ.
Se não houver comprovação de envolvimento dos ministros no esquema, o processo deverá ser remetido à primeira instância do Judiciário.
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