Missa na Espanha tem bandeira LGBT no altar

Uma missa realizada no último sábado, 15, na igreja de Santa María la Real, em Sevilha, na Espanha, gerou protestos entre os fiéis, devido à presença de uma bandeira LGBT no altar, colocada pelo padre Francisco Javier Rodríguez. Ele foi acusado de “traição” por um integrante da associação católica Orate.


A entidade havia solicitado inicialmente uma missa fúnebre em memória dos jovens falangistas — aliados do ditador Francisco Franco — mortos durante a Guerra Civil Espanhola. De início, o pedido foi aceito, mas depois negado, diante do risco de a cerimônia se tornar um ato político.

Durante a cerimônia, o representante da Orate foi gravado gritando: “O primeiro culpado é você, que está acolhendo o pecado nesta missa”. Ele também chamou o sacerdote de “traidor”.

Padre justifica bandeira LGBT em missa

O padre respondeu com uma citação do papa Francisco e sua mensagem de integração. Depois do episódio, a Orate enviou uma carta à arquidiocese e ao Vaticano, na qual denuncia “abusos litúrgicos” e pede investigação das ações do clérigo, assim como possíveis providências.

Em entrevista ao jornal espanhol, Francisco Javier Rodríguez negou uma recusa em celebrar a missa fúnebre a pedido do grupo. “Se a Igreja é de todos, também é deles”, afirmou. O sacerdote destacou ao jornal que os integrantes da Orate foram informados de que o ato religioso não teria manifestações políticas.


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