O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, incluiu o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o general da reserva Gonçalves Dias, no procedimento aberto que apura a conduta de militares em relação aos atos de 8 de janeiro.
Moraes acolheu uma manifestação feita pela Procuradoria-Geral da República em um pedido apresentado à Corte pelo partido Novo.
No pedido, a legenda afirma que Dias “se omitiu do seu dever de adotar providência necessária para a salvaguarda e a proteção do Palácio do Planalto“ e pediu que ele fosse investigado criminalmente.
Já a PGR apontou que já existe um procedimento aberto para investigar a participação dos integrantes das Forças Armadas no 8 de janeiro.
Segundo a PGR, alguns depoimentos já colhidos no processo mencionam o “comportamento” de GDias durante a invasão do Planalto. Moraes reconheceu que os fatos apontados pela PGR “estão abrangidos pela investigação em curso na Pet 11.027/DF, inclusive com a realização da oitiva de vários militares”. No despacho, o ministro mandou a “Polícia Federal adotar as providências cabíveis”.
G. Dias foi demitido logo após se tornarem públicas vídeos gravados por câmeras de segurança em que ele interage com os autores dos ataques dentro do Palácio do Planalto. Em uma das imagens, um servidor do GSI aparece oferecendo água às pessoas que destruíam o prédio.
- Troca de mensagens confirma que G. Dias pediu fraude em relatório da Abin
- Em conversa, G.Dias diz que PCC está ‘anos à frente’ da Abin