Moraes determina que PF ouça Marcos Cintra por questionar urnas

O ministro do Superior Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal ouça o professor Marcos Cintra após questionar as urnas eletrônicas.


O Vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas, Cintra teve sua conta no Twitter retida neste domingo, 6, após uma série de questionamentos sobre o processo eleitoral. Moraes proibiu o professor de publicar, promover, replicar e compartilhar ataques e notícias falsas sobre o processo eleitoral brasileiro, sob pena de multa diária de R$ 20 mil em caso não cumpra a determinação.

O magistrado disse em sua decisão que o economista “utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o Tribunal Superior Eleitoral, bem como o próprio Estado democrático de Direito, o que pode configurar, em análise preliminar, crimes eleitorais”.

Segundo Moraes, os questionamentos impõe a adoção de “medidas que restrinjam a divulgação de conteúdo falso – eminentemente antidemocrático –, em evidente violação à liberdade de expressão”.

Marcos Cintra fez uma série de questionamentos sobre as urnas no Twitter no sábado, 5, dizendo que as dúvidas sobre o sistema eleitoral são legítimas.


“Há outras centenas, senão milhares de urnas com votações igualmente improváveis. Curiosamente, não há uma única urna em todo o país onde Bolsonaro tenha 100% dos votos”, escreveu o ex-secretário da Receita.

E acrescentou, “Se há suspeita em uma única urna, elas recaem sobre todo o sistema”.

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