Moraes libera relatório da PF que indicia Bolsonaro e outros 16 por falsificação de cartões de vacina

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, retirou na manhã desta terça-feira (14) o sigilo do relatório da Polícia Federal (PF) que indicia o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 16 pessoas por um esquema de falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19.

Bolsonaro foi indiciado pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações no caso. O crime de associação criminosa prevê pena de 1 a 3 anos de prisão; o de inserção de dados falsos em sistema de informações, de 2 a 12 anos.

Na prática, o indiciamento significa que a PF entendeu que já há elementos suficientes para apontar responsáveis por um crime.

Agora, o caso segue para o Ministério Público Federal (MPF), que decide se apresenta denúncia ao STF ou arquiva a apuração.

Além de Bolsonaro, outras 16 pessoas também foram indiciadas, como o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).


Foram indiciados (leia mais abaixo o envolvimento de cada um no caso):

  • Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Mauro Barbosa Cid, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens da Presidência da República;
  • Gabriela Santiago Cid, esposa da Mauro Cid;
  • Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ);
  • Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe de Mauro Cid;
  • Farley Vinicius Alcântara, médico que teria emitido cartão falso de vacina para a família de Cid;
  • Eduardo Crespo Alves, militar;
  • Paulo Sérgio da Costa Ferreira
  • Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército;
  • Marcelo Fernandes Holanda;
  • Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias;
  • João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias;
  • Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
  • Max Guilherme Machado de Moura, assessor e segurança de Bolsonaro;
  • Sergio Rocha Cordeiro, assessor e segurança de Bolsonaro;
  • Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias;
  • Célia Serrano da Silva.

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