O ex-presidente Michel Temer (MDB) saiu em defesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e afirmou que o magistrado agiu com “coragem jurídica” para assegurar o processo eleitoral de 2022 e está contribuindo, agora, para a “pacificação do país” ao reavaliar penas aplicadas a envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023.
“Ele já liberou muita gente. Fez uma coisa adequada no momento que deveria fazer, não é? Para garantir as eleições e está fazendo agora com vistas à pacificação do país. Aquelas penas de 14, 15, 17 anos devem ser reduzidas. Isso está começando a acontecer. E há instrumentos jurídicos para isso“, declarou Temer em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira (14).
Temer disse que, embora o Congresso Nacional tenha competência para conceder anistia, o caminho mais apropriado seria a reavaliação da dosimetria das penas pelo próprio STF. Essa tese já havia sido defendida por ele em abril como forma de evitar um “mal-estar” institucional.
Alexandre de Moraes foi indicado por Temer para o STF em 2017, ocupando a vaga deixada por Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em Paraty (RJ). Desde então, Moraes se tornou alvo de críticas frequentes de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que o acusam de perseguição em razão das investigações e decisões envolvendo os atos de vandalismo do 8 de janeiro.
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