Nesta quarta-feira (23/11), o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, indeferiu o pedido do Partido Liberal para anular o segundo turno das eleições deste ano. Na decisão, o magistrado condenou que o PL a pagar uma multa de R$ 22,9 milhões.
O ministro também determinou o bloqueio e a suspensão dos fundos partidários da coligação de Bolsonaro até o pagamento da multa. A medida vale “até efetivo pagamento da multa imposta, com depósito dos respectivos valores em conta judicial”.
Conforme foi relatado aqui no Vista Pátria, a sigla apresentou ontem, um relatório apontando supostas inconsistências em seis modelos de urnas usados no pleito e defendeu que parte dos votos fosse anulada. Horas depois, Moraes pediu então que o partido incluísse no relatório dados sobre o primeiro turno das eleições, já que as urnas usadas nas duas etapas do pleito foram as mesmas.
Moraes mandou também que a Corregedoria-Geral Eleitoral, considerando “o possível cometimento de crimes comuns e eleitorais com a finalidade de tumultuar o próprio regime democrático brasileiro”, instaure procedimento administrativo para apurar a responsabilidade, “em eventual desvio de finalidade na utilização da estrutura partidária”, de Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, e de Carlos César Moretzsohn Rocha, dono do Instituto Voto Legal, contratado pelo partido para fazer a auditoria do resultado das eleições.