Moraes prorroga por 60 dias investigação contra Eduardo Bolsonaro por atos nos EUA

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira (8) prorrogar por mais 60 dias o inquérito que investiga o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por supostas ações cometidas nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A decisão atende a um pedido da Polícia Federal, que justificou a necessidade de realizar diligências ainda pendentes.

Eduardo Bolsonaro é alvo de investigação por três crimes: coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal envolvendo organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o parlamentar teria atuado para que o governo dos EUA aplicasse sanções contra ministros do STF, membros da própria PGR e da Polícia Federal. As punições buscadas incluiriam cassação de vistos, bloqueio de bens e proibição de relações comerciais, o que foi descrito pela PGR como uma tentativa de aplicar uma “pena de morte civil internacional”.

Segundo o órgão, tais ações têm como objetivo intimidar autoridades envolvidas em investigações e processos criminais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, configurando uma possível tentativa de interferência nos Poderes e obstrução da Justiça.

O inquérito, que tramita sob relatoria de Moraes, faz parte de uma série de investigações envolvendo a atuação de aliados do ex-presidente no exterior. No dia 5 de junho, Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal dentro do mesmo inquérito.


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