Moraes rejeita depoimento de Valdemar à PF sobre reportagem

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitou o depoimento por escrito do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sobre reportagem da revista Veja com suas queixas sobre o partido ser perseguido pela Suprema Corte brasileira. Em depoimento à Polícia Federal (PF), o dirigente partidário ficou em silêncio.


A defesa de Valdemar, por sua vez, entregou um documento à PF com as explicações sobre as declarações do presidente do PL.

Moraes não gostou de suas determinações não terem sido seguidas, e mandou que o documento entregue à PF fosse retirado dos autos do processo.

– Não compete ao investigado definir a forma como deverá depor, se por escrito ou presencialmente – diz Moraes na decisão.

O magistrado considera que Valdemar atribuiu “condutas inverídicas” aos ministros do STF e delegados da PF.

A REPORTAGEM DA VEJA

De acordo com a matéria publicada no último dia 27 de julho e intitulada Valdemar diz à Justiça americana que STF faz oposição ao partido, o dirigente da sigla deu tal declaração no âmbito de uma ação de difamação apresentada por ele contra a sua ex-mulher, Maria Christina Mendes Caldeira. O processo tramita na Flórida, porque Maria se mudou para os Estados Unidos após o divórcio, em 2004.

A ação foi protocolada após a ex-esposa de Valdemar comentar o passado dele, citando que foi condenado e preso no esquema do mensalão.

O político sustenta que possui uma reputação imaculada e requer uma indenização de 50 mil dólares (R$ 286 mil). Entretanto, a recente prisão de Valdemar, em fevereiro deste ano, por posse ilegal de arma e a investigação de seu suposto envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado acabaram virando pautas de debate no processo.

Em ofício enviado à Corte da Flórida, Valdemar afirmou que a Justiça brasileira se opõe ao seu partido e que sua prisão teve motivação política, pois sequer tinha a ver com as investigações sobre o suposto planejamento de golpe.

A pós repercussão da matéria, Moraes havia dado o prazo de cinco dias para que Valdemar prestasse depoimento na PF.

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