A defesa do senador Sergio Moro (União-PR) pediu que o julgamento marcado para esta terça-feira (4/6), no Supremo Tribunal Federal (STF), seja adiado. A 1ª Turma está pautada para julgar se aceita ou rejeita a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta calúnia contra Gilmar Mendes.
O caso se refere a um vídeo em que Moro diz que compraria do ministro um habeas corpus. A PGR considerou que o senador atribuiu crime de corrupção passiva a ele e que estava “ciente da inveracidade de suas palavras”.
Em petição enviada à ministra Cármen Lúcia, a defesa do ex-juiz da Operação Lava Jato pediu o adiamento poque deseja realizar a sustentação oral de forma presencial.
“O pedido se justifica pelo tempo exíguo entre a disponibilização da data de julgamento e sua realização (menos de 24 horas), o que não permite a devida organização e preparação do procurador do denunciado, o que certamente vulnera princípio democrático precioso e protegido por este Supremo Tribunal: a ampla defesa”, destacou.
O advogado Luiz Felipe Cunha ainda alega que tem escritório e atua em Curitiba (PR), “sendo inviável comparecer até Brasília para a realização de sustentação oral em dia seguinte a publicação da pauta de julgamento”.