O dvogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em casos relativos à Operação Lava Jato que o levaram à prisão em 2018, Cristiano Zanin foi oficialmente indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal com desconfiança da oposição ao atual governo. O senador Sergio Moro, que julgou os casos da operação quando era titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, questionou a indicação pela proximidade com o presidente.
Moro diz que não tem crítica quanto à pessoa de Zanin, mas sim pela ligação com Lula e como ele se portaria no STF na análise de casos derivados da Lava Jato ou que tenham o presidente como parte. Para o senador, o Supremo é um órgão independente que tem a atribuição de controlar o Poder Executivo, em especial a Presidência da República.
“Não tenho nada pessoal contra o Cristiano Zanin, ele atuou na Lava Jato como advogado e entendo que fez um trabalho profissional, assim como eu fiz o meu. A minha crítica não é à pessoa, mas o fato de ser indicado de alguém muito próximo ao presidente, alguém que foi advogado pessoal e que é amigo pessoal do presidente. Não temos precedente histórico aqui em relação a isso”, disse Moro em entrevista à GloboNews nesta sexta (2/6).
Moro teve sentenças da Lava Jato anuladas pelo Supremo e que tiveram Zanin como advogado, como as envolvendo o presidente Lula. O senador diz que vai questionar na sabatina no Senado se o jurista vai se declarar impedido de atuar em casos da Lava Jato ou que tenham Lula como uma das partes citadas.
“A grande dúvida é se uma pessoa com laços tão próximos com o presidente da República teria a independência necessária para separar as duas coisas: a amizade e o trabalho profissional”, afirma Moro.
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