A Ações coordenadas na Áustria, Alemanha e Reino Unido revelaram imóveis usados pelo Hamas para guardar armas, preparar logística e viabilizar atividades clandestinas na Europa.
As autoridades descobriram depósitos com armamento, registros de circulação de integrantes da organização e tentativas de estruturar operações que miravam alvos ligados à comunidade judaica e interesses israelenses.
A cooperação entre forças de segurança desses países e de Israel permitiu rastrear rotas, identificar responsáveis e mapear a extensão dessa estrutura fora do Oriente Médio.
O nome que mais chamou atenção dos investigadores foi o de Mahmoud Naim, relata o The Jerusalem Post. Ele surgiu como articulador do esquema e, segundo documentos compartilhados entre as agências, viajou ao Catar para se reunir com o pai, Basem Naim, dirigente influente do Hamas e conselheiro próximo de Khalil al-Hayya, líder da organização terrorista.
Para os serviços envolvidos, o encontro demonstra que a iniciativa contava com endosso da cúpula. Agentes também citaram o envolvimento de integrantes do grupo terrorista instalados na Turquia.
Depois dos ataques de 7 de outubro, o Hamas intensificou a tentativa de montar estruturas clandestinas na Europa, buscando armas e apoio logístico em vários países.
O Mossad, agência de inteligência israelense, relata que acompanha tal movimento e sustenta ter conseguido interromper várias tramas antes que avançassem. A agência destaca que a troca constante de informações com os serviços europeus foi decisiva para os resultados mais recentes.
Marcos legais para combate ao Hamas
Em Viena, equipes de segurança encontraram um esconderijo com explosivos e pistolas, o que levou à prisão e ao interrogatório de suspeitos ligados ao material. A investigação originou ainda uma detenção correlata em Londres.
Na Alemanha, promotores e unidades especializadas cumpriram mandados em diversas regiões, apreenderam rifles, munição e armas curtas e prenderam pessoas acusadas de fornecer equipamento ou apoio operacional ao Hamas.
No comunicado em que detalhou o andamento das apurações, o Mossad reiterou: “O Mossad, juntamente com seus parceiros em Israel e em todo o mundo, está trabalhando incansavelmente para impedir ataques contra israelenses, judeus e outros civis inocentes ao redor do globo.”
A instituição acrescenta que novas frentes seguem abertas para identificar financiadores, operadores e intermediários.
Estados europeus também vêm ajustando seus marcos legais para limitar propaganda, financiamento e qualquer forma de suporte ao Hamas, numa tentativa de reduzir a capacidade do grupo de operar no continente. As autoridades esperam novas prisões e o bloqueio de rotas de suprimentos identificadas durante as investigações
