Motta e Eduardo Paes são vaiados em evento com Lula no Rio

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, foram vaiados em um evento em homenagem ao Dia dos Professores, que aconteceu nesta quarta-feira (15), na capital fluminense. A programação teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O público, formado por profissionais da educação, também entoou gritos de “sem anistia”, em referência a projeto de lei que tramita na Câmara.


Poucos segundos após o início das vaias, Lula se levantou de seu lugar e permaneceu ao lado de Motta até o final de sua fala. Os dois chegaram a sorrir durante os gritos contra a anistia.

Motta não tocou no tema da anistia e nem comentou as vaias. Em seu discurso, ele citou a aprovação do Sistema Nacional de Educação e o Plano Nacional de Educação, cujo texto chegou à Casa nesta terça-feira (14). Também elogiou Lula, referindo-se a ele como “sem dúvida alguma o presidente que mais fez pela educação no Brasil”.

Como mostrou o Estadão, Motta tem focado em pautas da educação básica após o desgaste causado por episódios como o da PEC da Blindagem. Na terça-feira, foram aprovadas seis propostas, entre elas o piso salarial nacional para profissionais temporários, o “Mais Professores”, que amplia a presença de educadores na rede pública, e o aperfeiçoamento do Marco Legal da Primeira Infância.

No evento na Arena Carioca 2, no Parque Olímpico, o governo Lula anunciou o início da emissão da Carteira Nacional Docente, para identificar professores de todas as redes de ensino do País.

Mais tarde, ao discursar na solenidade, Lula criticou o Congresso Nacional, direcionando-se a Hugo Motta e afirmando que o Congresso “nunca teve o baixo nível como tem agora”. O presidente da Câmara não esboçou reação.

– Hugo é presidente desse Congresso e sabe que ele nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora. Aquela extrema-direita que se elegeu em 2022 é o que existe de pior. Não podemos ter presidente que nega que existiu a Covid-19, nega a vacina, distribui remédio que não vale nada, que tem ministro da Saúde que não entendia porra nenhuma de saúde – disse o presidente.

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