O Ministério Público Federal (MPF) arquivou uma denúncia contra o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, acusado de racismo devido a um comentário feito sobre a população de Pomerode, cidade no interior do estado. Durante sua participação na 40ª Festa Pomerana, o governador mencionou que o município, composto em sua maioria por pessoas brancas (80,3%), “se destaca pela cor da pele” dos seus habitantes. Na ocasião, ele declarou: “Pomerode se destaca pela beleza turística que tem, pelas casas enxaimel, pela cor da pele das pessoas, pela mistura, pelo que representa para todos nós”. Essa afirmação foi realizada no evento que ocorreu no dia 15 de janeiro de 2025.
A denúncia foi inicialmente levantada pelo vereador de Florianópolis, Leonel Camasão (PSOL), que solicitou ao Procurador-Geral da República que propusesse uma ação penal contra o governador. Paralelamente, o Partido dos Trabalhadores (PT) também registrou uma queixa no Ministério Público Federal por racismo, que foi rejeitada pelo órgão. O MPF esclareceu que a declaração do governador era, na verdade, uma “exaltação à mistura de raças”.
Em suas redes sociais, Jorginho Mello repudiou as acusações, classificando-as como manobras políticas. “Infelizmente, isso é sistemático. Tem uma turma aí que insiste em dizer que somos um estado preconceituoso. É inveja. Porque crescemos, nos desenvolvemos e somos exemplo para o Brasil!”, declarou Mello.
