MST mantém ocupações, mesmo com exigências atendidas

Mesmo após o governo atender às exigências do movimento e nomear seus apoiados para cargos de chefia no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra mantém áreas invadidas em Pernambuco e no Espírito Santo nesta quinta-feira (20/4)

Na última quarta-feira (19/4), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, voltou a apelar para que o movimento desocupe as áreas de pesquisa da Embrapa Semiárido, em Petrolina, invadidas desde domingo (16), e da Suzano, em Aracruz, tomadas na segunda (17).

Em vídeo divulgado em sua rede social, Teixeira disse que ele e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, receberam os dirigentes nacionais do MST.

– Eles também se comprometeram conosco de se retirarem da área da Embrapa ocupada no Estado do Pernambuco, e também da área ocupada da empresa Suzano no Espírito Santo. Assim, nós vamos manter o diálogo na direção da implementação dessa agenda importante para o Brasil, que é a reforma agrária.

Também reivindica a saída de Fábio Muniz, superintendente do Amapá, apadrinhado do senador Davi Alcolumbre (União Brasil), e de Batmasterson Schimdt, superintendente interino em Minas. Os três vieram da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na manhã desta quinta (20), pelo menos seis áreas invadidas pelo MST no “abril vermelho” continuavam ocupadas, inclusive as terras citadas pelo ministro, segundo informações do próprio movimento. No caso da Suzano, a Justiça concedeu liminar para a retirada dos sem-terra na segunda (17). O cumprimento da reintegração de posse estava previsto para às 16 horas de quarta, mas ainda não aconteceu.

O MST invadiu dez áreas desde 3 de abril, nove em Pernambuco e uma no Espírito Santo – as terras da Suzano. O MDA nomeou mais sete superintendentes regionais para o Incra, colocando nos cargos nomes apoiados pelo MST. Outras nomeações já haviam sido feitas: no total, o governo mudou as chefias do Incra em 19 estados.

Ainda não sofreram alterações as superintendências de Minas Gerais, Alagoas, Amazonas, Tocantins, Rondônia e Roraima, além do Distrito Federal. O MST quer a troca do superintendente de Alagoas, César Lira, que é primo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

Também reivindica a saída de Fábio Muniz, superintendente do Amapá, apadrinhado do senador Davi Alcolumbre (União Brasil), e de Batmasterson Schimdt, superintendente interino em Minas. Os três vieram da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na manhã desta quinta (20), pelo menos seis áreas invadidas pelo MST no “abril vermelho” continuavam ocupadas, inclusive as terras citadas pelo ministro, segundo informações do próprio movimento. No caso da Suzano, a Justiça concedeu liminar para a retirada dos sem-terra na segunda (17). O cumprimento da reintegração de posse estava previsto para às 16 horas de quarta, mas ainda não aconteceu.

O MST chegou a divulgar nota cobrando uma intervenção do governo do Espírito Santo para evitar o despejo. Em Pernambuco, a Embrapa informou ter saído nesta quarta a decisão da Justiça determinando a reintegração da área invadida pelo MST no prazo de 48 horas.

Na manhã desta quinta, um oficial de justiça realizou a intimação das lideranças para que a saída ocorresse imediatamente.

– A Embrapa espera que a situação se resolva de forma tranquila, sem resistência do movimento. A expectativa é que a área já esteja liberada a partir deste sábado (22), para que os trabalhos da Embrapa possam ser retomados no local o mais rápido possível – disse.




A assessoria de imprensa do MST informou que, em relação às áreas da Suzano, está prevista uma reunião em Vitória, capital do Espírito Santo, entre representantes do governo e as famílias acampadas.

– Está prevista uma reintegração de posse que pode ocorrer hoje – informou

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