Em Caracas, na Venezuela, a comitiva de cinco integrantes do MST acompanhou uma motociata em apoio ao ditador Nicolás Maduro, durante a posse do político. A delegação, que conta com João Pedro Stédile, um dos fundadores do movimento, foi convidada pelo próprio Maduro.
A motociata, chamada de “grande caravana”, ocorreu nesta quarta-feira e percorreu o trajeto entre o bairro de Petare, no leste da capital venezuelana, e o Palácio de Miraflores, sede da Presidência. O evento foi articulado por lideranças locais, mas teve o respaldo do MST, que manifestou apoio ao governo de Maduro.
Movimentos como o MST assinaram, nesta semana, uma carta dirigida a Nicolás Maduro, solicitando o reconhecimento da legitimidade de sua posse. No documento, afirmam que reconhecer a eleição fortalece o compromisso com a soberania venezuelana e os laços históricos de amizade e cooperação entre Brasil e Venezuela. Apesar disso, o governo brasileiro tem levantado questionamentos sobre a transparência do processo eleitoral no país vizinho.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao tratar do tema em agosto, destacou que o respeito à soberania popular exige a defesa da transparência nos resultados e o compromisso com a paz, o que demanda diálogo e entendimento entre governo e oposição. Por outro lado, o MST mantém elogios ao governo de Maduro, com Stédile defendendo que, nos últimos 25 anos, a Venezuela realizou 30 eleições e criticando o discurso que acusa o país de fraudes e falta de democracia.
