Nos últimos meses, foram mais de 40 fazendas produtivas invadidas por um grupo armado e ligado ao MST que finge ser indígena da etnia Pataxós. O foco do grupo tem sido invadir fazendas de Itamaraju, no sul da Bahia, a 750 km de Salvador. A base da economia local é a agricultura, com plantações de cacau, eucalipto, café e milho.
Um homem que se apresenta como cacique divulga a ação criminosa ao colocar fogo em uma plantação de eucalipto: “Neste exato momento começo a botar fogo na área de eucalipto, porque prenderam um caminhão nosso, a madeirazinha da qual nós estamos tirando para pagar uma água, uma energia”, diz ele em vídeo.
A produtora Rosylene Sena, relata o clima de terror que os agricultores da região que têm vivido e também comenta a situação que viveu: “Chegaram uns homens muitos estranhos, se passando por índio, falando que é índio, a gente não sabe a espécie. Eles falaram para a gente desocupar a propriedade porque eles iam se hospedar. Eu fiquei desnorteada. O meu marido tem diabetes e começou a passar mal. Eu chorei muito sem saber o que fazer. A minha filha pequena segurou em mim, ficou muito nervosa. E sai à noite, correndo”.
Mais de 50 famílias se revezam em um acampamento há 45 dias para impedir que o grupo de falsos indígenas entrem em suas propriedades.
Em resposta, o deputado federal Alden Silva (PL-BA) afirmou que vai pedir no Supremo Tribunal Federal o afastamento do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do secretário de segurança por omissão.