‘Não acho razoável’, diz diretor-geral da PF sobre anistia a condenados pelo 8 de Janeiro

Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal (PF), afirmou nesta segunda-feira (27) que considera “não razoável” a discussão sobre anistiar os condenados pelos ataques ocorridos em 8 de janeiro de 2023 às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Rodrigues destacou a seriedade da investigação conduzida pela PF, que apurou crimes de alta gravidade. “Eu, e aqui é a minha opinião pessoal, não acho razoável que se fale em anistia para quem comete esse crime dessa magnitude”, declarou.

Rodrigues também abordou o tema do financiamento dos atos, negando a existência de “mega-financiadores”. Segundo ele, havia uma expectativa sobre grandes financiadores orquestrando o golpe de Estado, mas a investigação não identificou tal organização. Ao invés disso, constatou-se um “financiamento disperso” em que diferentes pessoas contribuíram com recursos diversos, como insumos e apoio logístico. “Portanto, sim, nós responsabilizamos os financiadores”, afirmou o diretor.

A proposta de anistia, conhecida como “PL da Anistia”, permanece parada na Câmara dos Deputados. A análise do projeto foi adiada por uma decisão do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que suspendeu a decisão na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).


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