Netanyahu anuncia morte de líder do Hamas

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira (21) que o chefe do grupo terrorista Hamas, Muhammad Sinwar, “aparentemente” foi morto em uma operação militar israelense realizada na semana passada. A declaração foi dada durante entrevista coletiva — a primeira concedida pelo premiê desde dezembro — e repercutida por veículos locais como o Times of Israel e o Haaretz.

Durante a fala, Netanyahu garantiu que todos os reféns levados pelo Hamas serão trazidos de volta. Ele confirmou que 20 seguem vivos e que outros 38 morreram em cativeiro. “Vamos trazê-los de volta”, declarou o premiê.

Segundo ele, Israel tem um plano “muito organizado” para alcançar seus objetivos militares na Faixa de Gaza. “Nosso propósito é claro e justificado”, afirmou. O líder israelense também destacou que pretende derrotar completamente os terroristas do Hamas e assumir o controle de todas as áreas do enclave para garantir o fim da guerra.

A ajuda humanitária, que tem sido alvo de intensas críticas da comunidade internacional, foi abordada por Netanyahu. De acordo com o premiê, o fornecimento será feito por fases, em parceria com os Estados Unidos. O plano prevê garantir que os mantimentos cheguem “às crianças, sem passar pelo Hamas”.

Netanyahu afirmou ainda que os moradores da Faixa de Gaza serão realocados para o norte do território, mas não especificou como se dará essa movimentação. “A prevenção de uma crise humanitária é requisito para que ‘bons amigos’ ajudem Israel”, afirmou, em referência às pressões internacionais.

Entre os aliados mais próximos, os Estados Unidos têm demonstrado crescente impaciência. Na terça-feira (20), o ex-presidente Donald Trump teria demonstrado “frustração” com os rumos do conflito e ameaçado retirar seu apoio a Israel, segundo fontes da imprensa israelense.

Ainda assim, Netanyahu disse estar aberto a um cessar-fogo temporário, desde que sejam atendidas condições claras: o desarmamento da Faixa de Gaza, o fim do controle do Hamas sobre o território e a libertação de todos os reféns.

O premiê também aproveitou a entrevista para enviar um recado a Teerã. “O Irã continua sendo uma ameaça para Israel”, disse, segundo o portal Ynet. “Continuamos em constante coordenação com os EUA e esperamos alcançar um acordo que previna o Irã de obter armas nucleares e enriquecer urânio”, acrescentou.

A fala de Netanyahu ocorre em um momento delicado, com a escalada das críticas ao governo israelense e a pressão por soluções diplomáticas e humanitárias.


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