Netanyahu defende liberdade de saída para habitantes de Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (4) que é hora de permitir que os habitantes de Gaza “tenham liberdade para sair” do enclave palestino. A declaração foi feita em referência a uma proposta do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para uma intervenção na região.


“Devemos apoiar essa iniciativa. Apoiamos totalmente”, disse Netanyahu, argumentando que dezenas de milhares de moradores mais ricos de Gaza já deixaram o território por meio de subornos. “Chegou o momento de dar-lhes a liberdade de ir embora. Chegou o momento de dar-lhes a liberdade de escolha”, acrescentou.

Defesa do direito de retomar combates
Em discurso no Parlamento israelense (Knesset), Netanyahu negou que as forças de Israel tenham violado o cessar-fogo com o Hamas e reforçou o direito do país de retomar os combates caso as negociações não avancem.

“De acordo com a carta anexada ao acordo da administração [norte-americana] anterior, apoiada pela administração Trump, temos o direito, a partir do 42º dia, de abandonar as negociações e retomar a luta se considerarmos que as conversas são improdutivas”, afirmou.

O primeiro-ministro também declarou que Israel já se prepara “para as próximas fases” do conflito em diferentes frentes. “Não vamos parar até atingirmos todos os objetivos da vitória”, ressaltou.

Netanyahu afirmou ainda que as negociações para um novo acordo enfrentam dificuldades, conforme discutido com o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff. Segundo ele, as partes envolvidas estão muito distantes para avançar para uma segunda fase de conversações. “Temos uma proposta em mãos. Estamos cumprindo o acordo, não o estamos violando, mas não retornaremos imediatamente à guerra”, disse.

Ameaça de retaliação contra Hamas
O primeiro-ministro fez um alerta ao Hamas, afirmando que, caso os reféns israelenses não sejam libertados, haverá retaliações. “Se não libertarem nossos reféns, as consequências serão inimagináveis”, advertiu.

Além disso, Netanyahu defendeu a recente “operação beeper” contra o Hezbollah, garantindo que todas as ações de seu governo são tomadas conforme os interesses nacionais. “Estamos fazendo o que é melhor para o país, no momento e no lugar certos”, declarou.


Condolências por ataque em Haifa
Antes de discursar no Parlamento, Netanyahu expressou suas “mais profundas condolências” à família do homem assassinado nesta segunda-feira em um ataque com faca na estação central de Haifa, no norte de Israel. O episódio foi classificado pelo governo israelense como um “ataque terrorista”.

“Minha esposa Sarah e eu enviamos nossas mais profundas condolências à família da vítima desse chocante ataque terrorista em Haifa e desejamos pronta recuperação aos feridos”, declarou em nota oficial.

O ataque resultou na morte de um homem de 65 anos e deixou outras quatro pessoas feridas. O agressor foi morto no local pela polícia israelense, que também classificou o caso como um ato terrorista.

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