Órgãos de segurança pública em todo o Brasil estão em estado de alerta máximo diante de ameaças contínuas do Primeiro Comando da Capital (PCC). A facção criminosa emitiu um “salve”, uma ordem para ass@ssinar policiais, com uma data específica marcada para este domingo (3). Em resposta, houve uma série de transferências de membros de alto escalão de organizações criminosas, visando interromper a comunicação entre os líderes presos e seus subordinados nas ruas.
Líderes do PCC foram isolados na Penitenciária Federal em Brasília, enquanto os chefes do Comando Vermelho (CV) estão detidos em Porto Velho, Rondônia. A unidade de Porto Velho, notória por ser a mais remota entre as penitenciárias federais, enfrenta desafios adicionais, como policiais penais afastados por questões de saúde e sobrecarga de trabalho. Um dos principais líderes do CV, Néstor “Bigode” Báez Alvarenga, foi preso em 2018 no Paraguai e é considerado um braço direito de Fernandinho Beira-Mar, que está no Presídio Federal de Campo Grande.
Os detentos nas prisões federais brasileiras, incluindo aqueles no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, estão demandando uma série de regalias. Entre as exigências estão a extensão do horário de visitas, melhoria na qualidade da alimentação, redução da superlotação das celas e maior acesso às visitas íntimas.
A tensão nos presídios também se manifesta fora das grades. Uma detenta do Presídio Feminino de Brasília perdeu seu regime de trabalho externo após ser flagrada coletando e transmitindo informações para criminosos nas ruas. Além disso, um advogado foi identificado atuando como intermediário de informações entre os presos e o PCC. Essas ações sublinham a complexidade e a gravidade do cenário de segurança pública no Brasil, com as autoridades enfrentando constantes desafios para manter a ordem e a segurança tanto dentro quanto fora das prisões.
Fonte: Hora Brasília